Fim

Palavrinha curta mas muito significativa em todos os lugares em que ela aparece. Fim de um filme, de uma aula, de um namoro, de uma amizade, de uma vida, de uma comida gostosa, de uma prova, de uma piada, de uma viagem, de um cigarro, de uma conversa, de uma briga, de uma mudança, de uma festa, de um livro.

A noção de finitude parece ter vindo em falta nas pessoas. A visão de que as coisas são passageiras e que não duram pra sempre soa como uma sentença de morte, algo negativo e fatalista. Mas sabe que eu tenho aprendido a ver de uma forma um pouco diferente? É, nem sempre as coisas acontecem como a gente quer, mas independente da própria vontade é importante entender como o ponto final pode ser uma ótima oportunidade de renovação.

Existem anos que parecem ser cheios de finais. Eu, por exemplo, tive vários deles em vários lugares. Acho que vou intitular meus 23 anos como “o ano do fim”. Fim da faculdade, do estágio, do namoro, do cabelo castanho e comprido... só que depois desses fins vieram novidades incríveis, o start foi positivo e o melhor disso foi olhar pra trás e falar “putz, como eu aprendi!”. Sem esquecer que todas as novidades que apareceram abrindo o novo ciclo um dia também vão chegar ao fim.

É por essas e por outras que aquelas frases mega batidas como “viva um dia de cada vez”, “aproveite o que acontece de bom”, “veja a luz no fim do túnel” (quando algo está ruim), ainda precisam ser firmadas todos os dias por emails e mensagens para os amigos. Enfim, tudo passa, a felicidade, a tristeza, a falta do que fazer, o excesso de atividades, cada fase é uma fase, cada ciclo é uma nova sensação.

Em cada lugar em que o fim apareceu deixou uma marca. Às vezes um alívio, às vezes uma angústia, sendo bom ou ruim, sempre que ele chega é hora de fazer o balanço. Pensar naquele ciclo que passou e já começar a viver intensamente aquele que vai começar, afnal um dia ele vai acabar também.

p.s.: Este blog ainda não chegou ao fim, por isso não achem que este post foi de despedida ou algo do tipo.